No âmbito da parceria da Luz e Som com o jornal Público, no suplemento Imobiliário, a Luz e Som publica artigos de Tecnologia e Inovação. Serão reflectidos aqui no blogue da Luz e Som, com a informação adicional que o formato permite.
Os textos são escritos por Pedro Dinis Couto, responsável pelo Marketing, Publicidade e Comunicação da Luz e Som, tendo ainda colaboração de Francisco Monteiro.
A Revolução Sem Fios
As últimas novidades em dispositivos sem fio – wireless – permitem-nos desempenhar um sem número de tarefas relacionadas com laser ou trabalho em qualquer lugar onde exista um vestígio suficiente de rede: podemos comparar os últimos preços de um artigo que estamos a ver numa montra ou mesmo dentro de uma loja; ver se vai realmente chover quando estamos num passeio; descobrir o melhor percurso para aquele lugar especial.
BeoPlay BeoLit 12 |
Além disso, estamos ligados aos outros como nunca estivemos
antes. Podemos escolher estar com a companhia permanente das redes sociais e de
quem está conectado connosco. Podemos acompanhar este ou aquele blogue, e não
deixar escapar o que nos interessa de determinados sites. Podemos ainda tomar o
passo seguinte, e passarmos a partilhar activamente o nosso conhecimento: um
post num blogue ou numa rede social, com pensamentos, conselhos ou ideias é tão
simples de colocar como escrever alguns parágrafos e enviar. De qualquer lado,
quando quisermos.
Ouvir música, em todo o lado.
E como é que esta revolução mexeu na maneira como todos
ouvimos música? É óbvio que a moda de andar por todo o lado com auriculares e
auscultadores na cabeça veio para ficar – aliás, estes últimos custaram a
assumirem-se, e nisso temos que admitir que os jogadores de futebol deram um
contributo relevante, preferindo enterrar as orelhas nos auscultadores, se
calhar muitas vezes para não ouvir comentários negativos ou impropérios dos
adeptos. Nos transportes públicos, na rua, a correr ou em percursos diários
para casa, para o trabalho ou para procura-lo, vemos muita gente a apreciar
ouvir a sua música e a ficar fechado no seu universo auditivo que as melodias
proporcionam.
Recuar tanto assim quanto ao Walkman da Sony seria demasiado
para nos recordarmos de como tudo isto realmente começou: o velhinho leitor de
cassetes já dificilmente é uma recordação válida por alguém com menos de trinta
anos, e os actuais ouvintes de música portátil abrangem um espectro de idade
bem mais largo. Mas todos nos lembramos do Apple iPod, e se hoje em dia os
primeiros modelos já parecem antigos, recordemos que ele veio uniformizar a
forma como descarregamos e ouvimos música, até pela utilização e concentração
de toda a discografia num único lugar remoto e virtual. Lançado no fim de 2001
– sim, há mais de dez anos! – o leitor de MP3 com a rodinha tornou-se
rapidamente a referência no mundo da música portátil, tal como outros produtos
da marca se tornariam também no ponto a atingir vários anos mais tarde.
Tudo no telemóvel
A vulgarização dos leitores de música tocou mais tarde o
mundo dos telemóveis e, a adição desta capacidade aos telemóveis, já de si com
câmaras razoáveis e alguma capacidade de navegação web, levou a uma ainda maior
vulgarização da portablidade da música: o público já não queria transportar
mais do que um dispositivo e o telemóvel tornou-se o principal equipamento de
audição. Em 2007, chega o iPhone, e o seu sucesso pode ser encarado como o
levantar do machado no que provavelmente acabará por ser o fim da produção do
iPod. Aliás, no iPhone o próprio ícone de música é… o iPod. De facto, a última
geração do iPod não torna os aparelhos fáceis de distinguir à primeira vista, e
a existência de ambos parece até redundante.
Da casa para todo o lado, de todo o lado para casa.
No meio disto tudo, como é que ouvimos música quando
chegamos a casa? Como é que fazemos quando queremos ouvir música – ou rádio, já
que a rádio continua embalada nas preferências dos ouvintes, seja no formato
tradicional ou via Internet – dentro de casa, depois de alguns bons minutos com
as orelhas “ocupadas”? A ideia que parece reunir consenso e preferência, é de
que, se podemos ouvir música sem ligar mais fios do que os auriculares obrigam,
e mesmo assim nem todos, queremos também evitar mais fios dentro. O utilizador
não pretende ter que ligar o seu telemóvel a algum equipamento para ouvir a
música seleccionada.
Claro que, hoje em dia, a quantidade de aparelhagens fixas ou mesmo semi-portáteis que têm uma porta USB é enorme, e facilmente pegamos numa pen drive e a ligamos à nossa aparelhagem com facilidade, o que só comprova o quase desaparecimento dos suportes físicos de música. Afinal, quando foi a última vez que comprou um CD? Não obstante, a facilidade de ligação acaba aqui, isto porque a pen tradicional é quase tão passiva como as aparelhagens que pouco mais permitem do que a escolha entre aleatório ou não. O ideal, segundo parecem pensar os e os consumidores, e por arrasto, as marcas, é reflectir nas aparelhagens o próprio comportamento do telemóvel onde em princípio já teremos tudo mais organizado – ou menos desorganizado, conforme o utilizador. Ordem das músicas, listas de reprodução, procura por estilos ou autores, descarregamento de novidades, colocação automática das capas dos álbuns, são algumas das características que podemos facilmente encontrar em qualquer smartphone enquanto utilizamos a sua capacidade de leitura de ficheiros de música.
Claro que, hoje em dia, a quantidade de aparelhagens fixas ou mesmo semi-portáteis que têm uma porta USB é enorme, e facilmente pegamos numa pen drive e a ligamos à nossa aparelhagem com facilidade, o que só comprova o quase desaparecimento dos suportes físicos de música. Afinal, quando foi a última vez que comprou um CD? Não obstante, a facilidade de ligação acaba aqui, isto porque a pen tradicional é quase tão passiva como as aparelhagens que pouco mais permitem do que a escolha entre aleatório ou não. O ideal, segundo parecem pensar os e os consumidores, e por arrasto, as marcas, é reflectir nas aparelhagens o próprio comportamento do telemóvel onde em princípio já teremos tudo mais organizado – ou menos desorganizado, conforme o utilizador. Ordem das músicas, listas de reprodução, procura por estilos ou autores, descarregamento de novidades, colocação automática das capas dos álbuns, são algumas das características que podemos facilmente encontrar em qualquer smartphone enquanto utilizamos a sua capacidade de leitura de ficheiros de música.
BeoPlay V1 |
As marcas parecem ter entendido a necessidade de manter esta
portabilidade organizada dentro de casa, tendo surgido no mercado vários
equipamentos dedicados justamente a reproduzir a música proveniente de um
leitor portátil, seja o mesmo um leitor tradicional de MP3 ou um telemóvel.
Desde o simples par de colunas a ligar directamente pela saída de auscultadores
às actuais estações de ancoragem (os anglo saxónicos chamam-lhes docking stations), a maior diferença é
mesmo a ausência dos cabos de ligação.
A interpretação de uma referência: uma marca própria
Um exemplo próximo é a situação actual da Bang &
Olufsen. Marca referencial no panorama audiovisual mundial de topo desde há
longos anos, a marca sempre se caracterizou por se focar bastante no design,
sendo esta característica a mote para o lançamento de muitos dos seus produtos.
Faz-lhe lembrar outra marca? É que desta orientação nasceram laços estreitos
com a… Apple.
De facto, ambas as marcas têm trabalhado em estreita
afinidade. O pináculo desta colaboração materializou-se com a estação de
ancoragem Beo Sound A8. Não é coincidência que este equipamento ficasse logo
disponível na Apple Store.
O sucesso foi tal, ainda mais considerando que estamos a
descrever um equipamento que custa 999€, que a marca dinamarquesa decidiu
lançar uma linha própria de equipamentos praticamente direccionados para o universo
Apple. Surgiu assim a interpretação da Bang & Olufsen do que são produtos
diferenciados que se caracterizam, entre outros aspectos, por serem compatíveis
com os produtos da Apple e reproduzirem conteúdos sem fio, através da
funcionalidade AirPlay: a B&O Play. É assim possível enviar música de
qualquer equipamento Apple, sem fios, para os equipamentos desta sub-marca.
A linha completou-se mais tarde com a comercialização do
BeoLit 12, uma interessante evolução dos anteriores rádios portáteis da Bang &
Olufsen. Mais uma vez, basta fazer a ligação pelo AirPlay, e a coluna reproduz
os conteúdos.
BeoPlay A8 |
O BeoSound 8, ainda Bang & Olufsen, permaneceu na marca
original, mas encontrou um sucedâneo baptizado de B&O Play A8, que junta
mais uma vez a funcionalidade AirPlay: note-se que em duas gerações muita já assistimos a uma evolução neste eco-‑sistema,
visto que se o original ainda se podia chamar mesmo de estação de ancoragem,
visto ser necessário encaixar o iPhone – aliás, qualquer equipamento portátil
Apple encaixava lá – já o B&O Play A8 não pode receber o mesmo nome. É que
se é possível ainda encaixar lá os equipamentos, na prática tal só é necessário
se o utilizador quiser carregar a bateria. Passa mais de docking station, a charging
station, porque com o AirPlay não precisa de colocar lá nada para ouvir
música.
O próximo corte: o cabo de carregamento.
Esta é uma previsão muito óbvia: o cabo que falta eliminar,
será o próximo. De facto, com as bases de carregamento por indução
electromagnética, o previsível é que os equipamentos passem não só a tocar a
música do telemóvel, mas também a carrega-los pelo simples toque. Bastará
deixar o telemóvel em cima da estação de ancoragem ou estação de carregamento,
e o mesmo entrará em carga. Sem ligações, sem conexões e sem complicações. Quem
sabe, o próximo iPhone – ou até mesmo o próximo equipamento da concorrência –
nem sequer traga quaisquer ligações ou as mesmas sejam consideradas tão inúteis
que venham ocultas.
Links Relacionados:
Contactos das Lojas Bang & Olufsen da Luz e Som
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Parceria Público - Luz e Som
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