segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Cinema em Casa: além do que se vê e ouve.

Cinema em Casa: mais do que se vê e ouve (3 de 3)


Nesta sequência de artigos sobre cinema em casa, tentamos oferecer uma abordagem relativamente acessível mas aprofundada sobre a imagem e o som. É um facto que são estes os dois principais aspectos a considerar. No entanto a própria expressão cinema em casa não só nos remete para uma envolvência de qualidade e conforto que tem que ser proporcionada por outros meios que não só os meros equipamentos que nos colocam a imagem à frente (e o som de todos os lados).

Que infra-estruturas são necessárias?


Sem percorrermos ao pormenor os requisitos técnicos necessários para uma instalação e tentando resumir o que já foi até referido no artigos anteriores, quando planear a sua Sala de Cinema tente simplesmente prever tubagem eléctrica dirigida à zona de amplificação. Essencialmente um tubo por coluna e um tubo maior do projector que poderá variar o seu diâmetro em função da quantidade de ligações a colocar lá. Com sistemas de projecção 3D com óculos activos há ainda que considerar ainda um tubo do projector ao detector dos óculos. Se preferir as colunas de suporte ou de chão, considere que os tubos fazem ligação a uma tomada de colunas. Cabos de boa qualidade serão importantes para garantir que entregam o sinal em excelentes condições.


A decoração também ajuda


O instalador é muitas vezes confrontado com as exigências da decoração, da arquitectura de interiores e claro dos próprios gostos e desejos dos proprietários da casa. Considerando que a prioridade é melhorar ao máximo a qualidade da experiência de visionamento, a escolha do instalador recairia nos tons mais escuros possíveis: idealmente, uma sala pintada de preto mate irá permitir o maior contraste possível entre o ambiente e a tela de projecção; variações de castanho chocolate, verde-garrafa e azul marinho serão também boas.

Quanto à decoração e materiais são de evitar zonas com grandes superfícies vidradas, dado que a sua rigidez não só reflecte o som como podem vibrar. Pavimentos de pedra ou mármore têm idêntico problema de reflexão de som, o que pode ser atenuado com colocação de tapeçarias, no chão ou paredes. Quadros – obras de arte – com áreas grandes podem eventualmente melhorar a acústica. Se é possível evitar estes materiais numa construção dedicada e de raiz, quando isto é incontornável há sempre a solução de tratar acusticamente a divisão.

Tratamento acústico


É importante diferenciar entre isolamento acústico – a utilização de materiais que vão permitir que o som fique confinado à divisão para a qual foi pensado – e tratamento acústico: a preparação da divisão para oferecer as melhores condições possíveis para a qualidade da audição e reprodução. No primeiro, a sua instalação ocorre maioritariamente no campo da engenharia civil e aquando da construção do imóvel. No caso do tratamento acústico é possível preparar completamente uma sala dedicada a Cinema em Casa idealmente com a divisão em “cru”. Desde sub-paredes em gesso cartonado cujo interior comporta determinadas camadas de diferentes materiais, bem como o próprio pavimento, quando há liberdade construtiva é possível obter resultados de um nível supremo. Quando a divisão já está determinada e praticamente concluída, ou se se pretende manter o orçamento em níveis mais baixos, é possível tratar acusticamente a divisão com painéis acústicos próprios, adequados às frequências que se pretendem realçar ou eliminar, sendo isto parte de um campo mais vasto.

Cadeiras de Cinema


Se há coisa que pode estragar uma excelente experiência de Cinema em Casa é estar desconfortável. E no pólo oposto, é uma mais valia estar confortável e bem concentrado no filme que estamos ver: muitas vezes são momentos preciosos que conseguimos obter e que queremos que sejam aproveitados ao máximo.

Para este efeito, e nomeadamente para quem possui uma sala realmente de Cinema em Casa e exclusivamente dedicada ao efeito, existem cadeiras de cinema especialmente construídas e adequadas. Com configurações praticamente à medida, gosto e bolsa de cada um, uma cadeira realmente de cinema pode ter porta-copos, suporte para equipamentos de domótica, consolas para objectos, um panóplia enorme de tecidos e couros à escolha. Pode ter reclinação e apoio dos pés eléctricos, pode ser configurada em “love seat” – para dois – e pode vir em filas de vários lugares; pode ter vibração activada pelo áudio, sistemas de massagens, aquecimento e até ventilação.

Cineak – www.cineak.com

A Cineak formou-se em 1999, quando surgiu a necessidade de criar cadeiras de luxo para Cinema em Casa. Uma equipa de designers belga desenvolveu uma cadeira de design requintado, cuja prioridade deveria incidir sobre o conforto e o luxo: surgia assim a Cineak Fortuny. Desde então o foco da marca tem sido a personalização das cadeiras com uma grande diversidade de couros e tecidos além de diversos acessórios, desde o porta-copos ao suporte de comandos.

Jocavi – www.jocavi.net

O grupo português Jocavi é líder no sector de painéis acústicos. Em parceria com a Luz e Som, é possível proceder a estudos acústicos de salas de Cinema em Casa, com medições técnicas que permitem estabelecer o produto e localização para absorver determinadas frequências ou realçar outras. Em termos decorativos, o painel acústico não só tem valor estético como ainda é possível a sua personalização em termos de tecido de cobertura.

Parceria Público - Luz e Som


No âmbito da parceria da Luz e Som com o jornal Público, no suplemento Imobiliário, a Luz e Som publica artigos de Tecnologia e Inovação. Serão reflectidos aqui no blogue da Luz e Som, com a informação adicional que o formato permite.

Os textos são escritos por Pedro Dinis Couto, responsável pelo Marketing, Publicidade e Comunicação da Luz e Som, tendo ainda colaboração de Francisco Monteiro.

Publicado em 27 de Fevereiro de 2013.


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