quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Cinema em Casa: o Som

Cinema em Casa: o Som (1 de 3)


A expressão vulgarizou-se de tal maneira que o significado primordial se perdeu. De facto a ideia do Cinema em Casa, oriunda do inglês home theatre, passa por mais do que simplesmente ter um equipamento com som envolvente (surround) ou mesmo só com um bom sistema estéreo. A divulgação dos DVD já o permitiu há uns anos e o aumento do tamanho dos ecrãs também ajudou. O nível de preços das gamas de entrada, quer das televisões quer dos sistemas integrados, permite um acesso fácil e pouco dispendioso a esta comodidade, mas peca muitas vezes por baixa qualidade e uma experiência pobre. Será que é isso que se pretende?

Se num patamar inicial o consumidor poderá ficar satisfeito com este tipo de sistemas de entrada mais ou menos elaborados, a ideia do cinema em casa passa por premissas indissociáveis a esta expressão: bom som digno de cinema e um ecrã de tamanho grande que ocupe grande parte do campo de visão, tudo com o máximo de qualidade e comodidade que o espaço e o orçamento permitam.

Ora, o limite fica bem lá no alto, mas tentaremos dar uma ideia em dois artigos seguidos do que é possível fazer em termos de Cinema em Casa “a sério”, que pode ser completamente personalizado e instalado na sua casa, apartamento ou até empresa.

Som de Cinema


Por surpreendente que possa ser para os mais desatentos, muitas das salas de cinema comercial tinham até há pouco tempo sistemas de som simplesmente estéreo. Apesar das linhas de colunas laterais, o sinal era processado por apenas por dois canais. Serve isto para dar o merecido ênfase à grande qualidade que muitas das salas tinham “só” com estéreo e referir que a qualidade das colunas e do processamento de sinal é, muitas vezes, mais importante do que a quantidade de colunas. Hoje em dia, a grande maioria das salas já tem som certificado abrindo assim o apetite para o que se poderá ter em casa.

Pioneira das colunas de encastrar, a americana Sonance tem várias gamas dedicadas ao som de cinema.


Assim, e numa tentativa de replicar as mais recentes salas de cinema, o mais vulgar é ter sistemas 2.1 e 5.1 e alguns 7.1 (ou 5.2 e 7.2). Explique-se ao leigo que estes números se referem ao número de colunas (normalmente três frontais e duas traseiras) e o algarismo a seguir ao ponto refere-se às colunas dedicadas aos graves. Esta quantidade de colunas levou a duas coisas: diminuição do tamanho das mesmas e consequente défice de desempenho em baixas frequências, já que para ter um grave decente é quase imprescindível ter uma caixa que o consiga reproduzir.

Ora, para termos verdadeiro som de cinema, não é prioritário ter graves de abanar os vizinhos: é mais importante tê-los com bom recorte, rapidez e definição, mesmo a volumes elevados, do que usar o grave para abanar o sofá. Colunas em condições são essenciais para melhorar a experiência de cinema em casa, e isso só é possível em colunas que preferencialmente tenham vias separadas (agudos e médios) e obedeçam a padrões de qualidade elevados. Potência, não é tudo; já dizia o anúncio que a potência não é nada sem controlo.

Temos então um factor – a quantidade de colunas – que adicionado à vulgarização da utilização do gesso cartonado (pladur) nas casas, torna possível passar das vulgares colunas colocadas em suportes, para as colunas de encastrar que usam a própria “caixa” dentro da parede para produzir o som. Além disso, deixamos de ter colunas volumosas colocadas na sala e ficamos só com uma discreta grelha da cor da parede. Em caso de salas não totalmente dedicadas ao cinema ou por restrições da construção, podemos ter colunas traseiras no tecto, bem como as frontais, existindo modelos próprios para o efeito com perda de eficácia negligenciável.



Tão importante quanto as colunas são as fontes de sinal e de amplificação. Hoje em dia é possível ter, nas marcas conceituados, um patamar de qualidade sonora bastante elevado com alguma facilidade. Assim, o que acaba por influenciar mais a decisão de compra são as funcionalidades presentes nos equipamentos como por exemplo as já imprescindíveis portas USB, ligação WiFi à rede doméstica e Airplay para controlo e reprodução por dispositivos Apple.

Não desprezível também é a quantidade de cabos necessários a ter, levando os proprietários aos mais diversos artifícios para os esconder e os fabricantes a por vezes sacrificarem a qualidade em favor de cabos finos e discretos. Aproveitamos para referir que há ao dispor cabos muito planos próprios para serem escondidos debaixo de tapetes e alcatifas. Claro que com sistemas encastrados os cabos passam por dentro do tecto ou da parede e podem ter secções de diâmetro adequado a optimizar a transmissão do sinal.

Juntando pois à configuração de colunas desejada um bom amplificador e processador 5.1 e 7.1, um bom servidor multimédia, um leitor de Bluray, e temos assim o nosso som de verdadeiro Cinema em Casa já aplicado. Consegue imaginar?

Sonance – www.sonance.com

Pioneiro das colunas de encastrar, o fabricante americano Sonance tem várias gamas dedicadas ao som de cinema. Destacam-se as Cinema Séries, com um desempenho impressionante para o preço, mas é possível instalar colunas Sonance de gama intermédia já extremamente satisfatórias.

Parceria Público - Luz e Som


No âmbito da parceria da Luz e Som com o jornal Público, no suplemento Imobiliário, a Luz e Som publica artigos de Tecnologia e Inovação. Serão reflectidos aqui no blogue da Luz e Som, com a informação adicional que o formato permite.

Os textos são escritos por Pedro Dinis Couto, responsável pelo Marketing, Publicidade e Comunicação da Luz e Som, tendo ainda colaboração de Francisco Monteiro.

Publicado em 30 de Janeiro de 2013.


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